Foto com escala de cor: o detalhe que garante a eficiência estética em próteses

Indice de Conteúdos

Recebemos recentemente um caso de reabilitação anterior: duas facetas cerâmicas no setor estético superior.

A moldagem estava excelente. O escaneamento digital, impecável. Mas, ao abrir as imagens clínicas enviadas, percebemos um problema comum: não havia escala de cor nas fotos.

E isso imediatamente levantou a dúvida:
“A cor que estamos vendo é a real? Ou está distorcida pela iluminação, câmera ou monitor?”

Esse pequeno detalhe, muitas vezes esquecido, pode comprometer todo o trabalho, mesmo em casos com excelente execução clínica.

Por que a escala de cor é essencial?

A escala de cor odontológica funciona como uma referência objetiva entre clínica e laboratório.
Ela elimina a subjetividade da percepção humana, que é influenciada por:

  • Tipo e temperatura da luz (luz quente ou fria)
  • Qualidade e balanço de branco da câmera
  • Calibração (ou ausência dela) no monitor do técnico

A ciência confirma: a percepção de cor é afetada pela interação entre fonte de luz, objeto e observador — o que torna qualquer tentativa de seleção de cor sem uma referência padrão altamente subjetiva (Paravina et al., 2007).

Sem uma escala de cor presente na foto, o técnico precisa interpretar, e isso abre margem para erros e retrabalho.

O que o laboratório realmente vê?

Quando recebemos uma imagem sem escala de cor, não conseguimos:

  • Calibrar o tom real dos dentes do paciente
  • Corrigir desvios causados pela luz da clínica
  • Confiar plenamente na imagem como ferramenta estética

O resultado final fica sujeito à percepção de cor do técnico e cada pessoa enxerga de forma diferente.

Como usar corretamente a escala de cor nas fotos clínicas?

No PremiumLab, seguimos estas 5 boas práticas para garantir previsibilidade estética:

  1. Posicione a escala no mesmo plano do dente, paralela e sem inclinação.
  2. Evite o dente desidratado, tire a foto com a boca hidratada, logo após a remoção leve do isolamento.
  3. Inclua a escala inteira na imagem, sem cortes ou desfoque.
  4. Use luz neutra e evite sombras, o valor da cor muda com a luz.
  5. Envie múltiplas fotos: frontal, lateral e sorriso, todas com escala visível.

A literatura mostra que dentes desidratados tendem a parecer mais claros, elevando o valor visual da cor escolhida (Spear, 2007).

Casos com escala vs. casos sem escala

Nossa experiência no laboratório confirma:

  • Casos com escala bem posicionada têm 80% menos ajustes de cor
  • A taxa de aprovação na primeira prova é 2x maior
  • O tempo de produção e retrabalho cai até 30%

Um pequeno detalhe que economiza tempo, melhora o resultado final e fortalece a confiança entre dentista e laboratório.

Conclusão: estética começa na comunicação

A excelência em prótese estética não começa na cerâmica, começa na comunicação clínica eficiente.
E a escala de cor é uma das ferramentas mais simples e poderosas para garantir que o que foi aprovado em boca seja o que o laboratório vai entregar.

Para melhorar o workflow clínico-laboratorial, comece com boas fotos e com a escala certa.

PremiumLab Lisboa
Excelência em prótese para dentistas que valorizam o detalhe.

Referências

Chu, S. J., Trushkowsky, R. D., & Paravina, R. D. (2011). Dental color matching instruments and systems. Dental Clinics of North America, 55(2), 211–220. https://doi.org/10.1016/j.cden.2010.10.005

Joiner, A. (2004). Tooth colour: a review of the literature. Journal of Dentistry, 32(Supplement 1), 3–12. https://doi.org/10.1016/j.jdent.2003.10.013

Paravina, R. D., Westland, S., Imai, F. H., Kimura, M., & Powers, J. M. (2007). Color difference thresholds in dentistry. Journal of Esthetic and Restorative Dentistry, 19(6), 340–351. https://doi.org/10.1111/j.1708-8240.2007.00142.x

Spear, F. M. (2007). The aesthetic zone: color and contour. Compendium of Continuing Education in Dentistry, 28(3), 148–156.

RECEBA OS NOSSOS ARTIGOS E NOTÍCIAS